sábado, 30 de outubro de 2010

Poesia sem título

Já fui poeta um dia, eu até escrevia!
Combinava palavras e canções, cantava...
Não tinha medo de escrever, e nem de ler,
Xingava quem discordava e até brigava.

Palavras combinadas e misturadas com saladas,
Azeda, morna, leve, pura, e falsa.
Sem calça. Palavras misturadas gritadas.
Perturbavam. Isso sim.

No entanto parece que o mundo parou,
O frio entrou e as palavras não saem mais.
Análise tática e técnica que torturam o grito.
Não escrever a sua idiotice, depois de perder a forma.

E não é que tudo pára?
As palavras são travadas por análises mutantes.
Constantes análises, surtantes e fumantes.
Análises mútuas.

Agora. Independências de todas as idiotices,
Sistematicamente sem sistema algum, as caretices.
Que entrem em cena como um autêntico circense
Legalizando a liberdade das réus palavras.

Parece que o inverno me tocou, dentro.
Vem verão, paciência!

GZ

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